Uma rápida busca no Google com o termo “aumento de pênis” traz mais de 1 milhão de resultados. A maioria promete o fim do complexo de inferioridade. Variam de tratamentos caseiros a cirurgias, implantes, injeções, pílulas e até técnicas de massagem. Para desilusão dos homens, a ciência é clara: não existe, até hoje, método seguro e eficaz capaz de aumentar – em comprimento ou circunferência – o tamanho do pênis.
No entanto, a falta de endosso científico não é empecilho para quem não está satisfeito com o tamanho do falo. Dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética mostram que entre 2013 e 2019 foram feitos 45 604 procedimentos de aumento de pênis no mundo. Somente no Brasil, foram 1 316 no mesmo período. Esses números certamente são subestimados, pois o levantamento contabiliza apenas membros da entidade. No London Centre for Aesthetic Surgery, clínica de estética referência no método, o número de cirurgias passou de cerca de cinco por ano na década de 1990 para 250 em 2019.
Existem duas possibilidades para aumentar o pênis: alongamento ou preenchimento. O último, chamado bioplastia peniana, é o queridinho da vez.
A técnica consiste na injeção de um material biocompatível, como gordura retirada do próprio paciente (por meio de lipoaspiração) ou ácido hialurônico no tecido sob a pele do órgão. O procedimento tem cerca de uma hora de duração e aumenta a circunferência do órgão de 1 a 5 centímetros.
A recuperação prevê basicamente a abstenção de relações sexuais por duas semanas. Os possíveis efeitos colaterais incluem infecções, inchaço, absorção do material injetado, formação de nódulos e deformações. É comum encontrar ‘profissionais’ oferecendo a injeção de PMMA (polimetilmetacrilato) – produto utilizado pelo Dr. Bumbum – para aumentar a circunferência do pênis. Entretanto, a substância é altamente contra indicada para essa finalidade.
A gordura é a substância mais segura. O PMMA é o material menos indicado para esse procedimento, pois pode trazer graves riscos e deformidades no longo prazo.
Para alongar, é feito um corte nos ligamentos que prendem a base interna do pênis aos ossos da bacia. Após o corte, essa parte projeta-se para fora, aumentando o tamanho do pênis em cerca de 2 centímetros. O principal cuidado depois da cirurgia é tomar um medicamento para evitar ereções. Os riscos incluem redução da ereção e retração do pênis.