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Entenda a fisiologia do envelhecimento: processos e alterações no organismo

Entenda a fisiologia do envelhecimento: processos e alterações no organismo

A fisiologia do envelhecimento mostra como ocorre o declínio progressivo de todos os processos fisiológicos do corpo humano. Seu objetivo é estudar as variações e mudanças biológicas, fisiológicas e anatômicas que o ser humano sofre ao longo dos anos. O envelhecimento pode ser diferente de um indivíduo para o outro. É um processo individual que cumpre seu próprio ritmo, sendo gradativo para uns e mais rápido para outros.

Nele, há influência de muitos fatores, como carga genética, estilo de vida, condições socioeconômicas e doenças crônicas. Envelhecer é um processo fisiológico natural, no entanto, é possível retardá-lo a partir de avanços proporcionados pela ciência e medicina preventiva.


Entender como o corpo humano envelhece é muito importante para todos os profissionais da área da saúde. Principalmente para aqueles que trabalham com a área de estética. Essa tentativa de retardar seus efeitos se torna ainda mais importante devido ao avanço mundial do envelhecimento populacional. Além disso, no Brasil nos últimos cinco anos, o número de idosos cresceu 18% e ultrapassou 30 milhões em 2017, conforme números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

  1. Envelhecimento fisiológico: como é este processo?
  2. Quais são as principais alterações fisiológicas do envelhecimento?
  3. Quais são as alterações biológicas do envelhecimento?
  4. Quais são as alterações da pele no envelhecimento?
  5. Envelhecimento cutâneo
  6. A pele do idoso
  7. Como encarar as alterações do envelhecimento?
  8. O que é envelhecimento ativo?
  9. Os 10 mandamentos para a longevidade 

 Envelhecimento fisiológico: como é este processo?

envelhecimento fisiológico atinge todos os seres humanos. É Caracterizado como um processo dinâmico, progressivo e irreversível. Além disso,é  um processo altamente individualizado, que apresenta muitas diferenças entre os sujeitos e entre as funções associadas, tanto em nível biológico, como psicológico e sócio cultural.

Sua definição pode ser compreendida a partir de três fases:

  • Envelhecimento Primário

envelhecimento primário também é conhecido como “Envelhecimento normal ou senescência”. Atinge o organismo de forma gradual e progressiva, apresentando efeito cumulativo.

Podemos dizer que a senescência é um processo metabólico de envelhecimento ao nível celular. Para exemplificar melhor, ao longo do tempo as células que entram em senescência perdem a capacidade proliferativa após um determinado número de divisões.

  • Envelhecimento Secundário

envelhecimento secundário ou patológico está ligado ao efeito das doenças e do ambiente sobre o organismo.

Pode ser reversível ou alvo de uma intervenção preventiva, por exemplo: mudanças nos hábitos de vida.

  • Envelhecimento Terciário

Associado a perdas físicas e cognitivas. Normalmente manifesta-se na fase adiantada da velhice. Além do mais, apresenta declínio brusco e rápido, com falhas no sistema biológico, imunológico e psicológico.

Antes de prosseguir, entenda a diferença entre senescência senilidade.

  • Envelhecimento Fisiológico (Senescência)

Está associado aos processos biológicos inerentes aos organismos e são inevitavelmente involutivos. Essas transformações sofrem influencia do ambiente físico e social.

  • Envelhecimento Patológico (Senilidade)

Está relacionado com alterações resultantes de traumas e doenças que ocorrem no ciclo vital.

Quais são as principais alterações fisiológicas do envelhecimento?

Dentro do processo envelhecimento humano, observam-se algumas capacidades e alterações fisiológicas reduzidas.

envelhecimento

A capacidade auditiva é reduzida a partir dos 75 anos de idade. Morfologicamente o tímpano apresenta tendência a torna-se mais espesso com a idade.

A capacidade visual fica reduzida com maior dificuldade de focar objetos próximos e de adaptação a diferentes luminosidades.

A capacidade gustativa reduzida é observada, com diminuição do paladar. Também apresenta diminuição de produção de saliva e tendência a perda dos dentes.

Dentro das alterações fisiológicas principais, também podemos destacar a diminuição da água corporal total (de 70% nas crianças para 52% no idoso), diminuição de peso e estatura, alterações na pele (manchas senis, diminuição de fibras elásticas), diminuição da força e tônus muscular, diminuição da capacidade respiratória, problemas cardiovasculares, renais, entre outros.

Essas alterações fisiológicas são cumulativas e progressivamente vão reduzindo a reserva funcional do indivíduo. Nesse sentido, há um comprometimento das capacidades de adaptações e assim o indivíduo fica mais suscetível ao desenvolvimento de doenças.

A redução funcional varia de pessoa para pessoa e de órgão para órgão.

Quais são as alterações biológicas do envelhecimento?

Algumas alterações biológicas do organismo resultam naturalmente do envelhecimento normal. É considerado um envelhecimento universal e também chamado de “alteração orgânica”. Entre essas alterações podemos citar o sistema cardíaco e o respiratório.

Processo do envelhecimento

No sistema cardíaco, há um aumento da massa cardíaca de 1 a 1,5 g/ano, entre 30 e 90 anos de idade. É um órgão que, com o envelhecimento, não apenas se atrofia, mas se hipertrofia. Resultado este, do aumento da pós-carga associada ao envelhecimento, que é decorrente do enrijecimento arterial

miocárdio sofre degeneração muscular com substituição de células miocárdicas por tecido fibroso. Também se observa acúmulo de gordura nos átrios e septo interventricular.

Tanto no pericárdio como no endocárdio, ocorre aumento do colágeno. Modificações que são decorrentes do desgaste progressivo e da perda de elasticidade nas paredes arteriais (e sua maior rigidez). Isso provoca aumento da calcificação das artérias e propicia o desenvolvimento de arteriosclerose.

Quando não acometido por doenças, o coração de um idoso funciona tão bem quanto de um jovem. Porém, o idoso não atingirá frequência cardíaca máxima, dos tempos de juventude. Ou seja, esse coração por estar envelhecido, vai estar menos sensível a estimulações beta-adrenérgica.

Com o envelhecimento, há diminuição da função pulmonar. Sendo assim, algumas alterações estruturais no aparelho respiratório são evidentes com o envelhecimento.

A caixa torácica fica enrijecida, com diminuição da elasticidade pulmonar, pois o envelhecimento acarreta diminuição da ventilação pulmonar, redução da elasticidade dos alvéolos e subtração da capacidade vital.

Entre as principais alterações observadas, podemos citar as seguintes: redução progressiva da capacidade vital (CV) e da capacidade inspiratória (CI), aumento do volume residual (VR), redução do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e fluxo expiratório forçado de 25% a 75% (FEF 25-75) da manobra de capacidade vital forçada (CVF).

A capacidade aeróbia máxima diminui com a idade na maioria das vezes. Dessa maneira, o exercício pode modificar alguns processos fisiológicos que diminuem com a idade, melhorando a eficiência cardíaca e a função pulmonar.

sistema nervoso também sofre alterações fisiológicas. Dentre elas, podemos citar:

  • Redução no tamanho e peso do cérebro.
  • Menor número de neurônios.
  • Maior prevalência de demências.
  • Declínio de algumas funções cognitivas.
  • Processamento de informação mais lento.
  • Redução do número de neurotransmissores (acetilcolina e dopamina).
  • Redução da velocidade de condução nervosa (alteração nos reflexos).
  • Depósito de substancia beta amiloide na parede dos vasos.

O nosso organismo apresenta 4 tipos de idades:

  • A idade cronológica (calendária) está relacionada com a data de nascimento.
  • A idade biológica (individual) é revelada pelo organismo, de acordo com as condições tecidulares, quando comparadas aos valores normativos.
  • A idade psicológica é demonstrada por aspectos como desempenho, maturação mental e soma de experiências.
  • A idade social está relacionada com a estrutura organizacional de cada sociedade. O sujeito pode variar de jovem a velho em diferentes sociedades.

Quais são as alterações da pele no envelhecimento?

As alterações da pele no envelhecimento são contínuas e caracterizadas por modificações teciduais e celulares. O maior órgão do nosso corpo, a pele desempenha funções vitais. Assim, é  responsável por proteger e regular termicamente o corpo humano.

Processo do envelhecimento

envelhecimento da pele é variável de um indivíduo para o outro e também é influenciada por diversos fatores.

Nós podemos acelerar ou retardar o processo de envelhecimento da nossa pele. Um grande vilão desse processo é a radiação solar, que favorece o seu aparecimento precocemente.

Para entender melhor o envelhecimento da pele humana, vamos compreender como ela funciona?

A pele é constituída por três camadas:

Epiderme

Camada mais extensa da pele. É composta por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, que produz queratina.

Essa primeira camada da pele não possui vasos sanguíneos, e os nutrientes chegam até ela por difusão a partir de vasos sanguíneos da derme.

A epiderme é constituída por várias camadas.

  • camada basal: mais profunda e tem contato com a derme.
  • camada espinhosa: células cúbicas ou achatadas.
  • camada granulosa: células achatadas.
  • camada lúcida: células achatadas hialinas eosinófila.
  • camada córnea: células achatadas eosinófilas sem núcleo (mortas) com grande quantidade de filamentos, principalmente queratinas.

Alguns órgãos são anexos da epiderme, como o folículo piloso, responsável por produzir o pelo. Também temos músculo liso e terminações nervosas sensitivas associadas.

Derme

É responsável por sustentar e epiderme, e constituída por tecidos conjuntivos compostos por proteína de colágeno e fibras de elastina. Nela estão vasos linfáticos e sanguíneos, que fornecem a nutrição dentro da pele.

Encontramos na derme os vasos capilares, glândulas sebáceas e sudoríparas, nervos, receptores adicionais e músculos eretores dos pelos.

É subdividida em duas camadas, a papilar e a reticular.

  • Camada papilar: liga a derme à epiderme, fazendo a junção de ambas. Os vasos sanguíneos e capilares estão inseridos nesse local. A função da camada papilar é de favorecer a transferência de nutrientes.
  • Camada reticular: camada mais profunda da derme. Nela estão a base dos folículos pilosos, glândulas, vasos sanguíneos e linfáticos, terminações nervosas, colágeno e elastina.

→ 70% da derme são compostas por fibroblastos, célula que produz as proteínas de colágeno e elastina. O colágeno tem a função de dar força à pele, e a elastina é responsável por fornecer elasticidade à pele.

Hipoderme

Camada mais profunda da pele. Constituída por células gordurosas (adipócitos) e formam lobos de gordura. Sua estrutura fornece proteção contra traumas físicos, além de ser um depósito de calorias.

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         Funções da pele

  • Proteção: é uma barreira à entrada de micro-organismos e poeira. Também apresenta um efeito protetor contra o calor, frio e radiações solares.
  • Excretora: elimina substancias tóxicas, através do suor.
  • Sensorial: permite sentir a temperatura, pressão e dor, através de seus sensores nervosos.

Envelhecimento cutâneo           

Poder ser de dois tipos: intrínseco (cronológico) e extrínseco (fotoenvelhecimento).

O envelhecimento cronológico é observado com o passar do tempo. É influenciado pela genética. Sobretudo, o fotoenvelhecimento ocorre principalmente pela exposição crônica ao sol.

  • Consequências do envelhecimento na epiderme: aumento da espessura da pele, diminuição do nível de hidratação e na capacidade de renovação das células, além de pigmentação irregular e falta de uniformidade na pele.
  • Consequências do envelhecimento na derme: há redução do número de fibroblastos e consequentemente baixo nível de colágeno e elastina. Fatores que resultam na diminuição da capacidade de elasticidade.

A pele dá proteção e regula a temperatura do corpo. É uma barreira protetora impermeável que impede a perda de líquidos e a penetração de substâncias e micro-organismos.

Também nos protege contra as radiações ultravioletas do sol e é a sede de reações imunológicas relacionadas com a defesa do organismo.

A pele do idoso

Durante o envelhecimento, todas as funções da pele decaem, deixando-a mais frágil e suscetível a agressões do meio ambiente.

processo do envelhecimento

Antes de mais nada, a nossa pele começa e perder água (desidratação) por volta dos 25 anos. Com isso, o desaparecimento de fibras de colágeno e proteínas acompanha esse processo.

Ao longo do tempo, a pele tende a se tornar enrugada e mais delgada. Nesse processo, há diminuição das glândulas sebáceas e sudoríparas, o que torna a pele mais seca e com adaptação as temperaturas variadas do ambiente.

Nesse período, também ocorre diminuição do número de vasos sanguíneos e da sua função imunológica, o que viabiliza as infecções. De fato, há também diminuição de folículos pilosos com consequente queda do número de pelos e cabelos.

O idoso apresenta pele mais seca e flácida, e essas alterações são decorrentes da diminuição da atividade celular. Dessa forma, as fibras de colágeno responsáveis por manter a pele suave e firme ficam mais debilitadas.

Alguns agentes externos podem acelerar o envelhecimento da pele, como: radiação solar excessiva, poluição, fumo, stress físico e mental e maus hábitos alimentares.

A utilização de produtos delicados e adequados é a melhor maneira de proporcionar limpeza e proteção da pele para obter um bom efeito hidratante e protetor, respeitando o envelhecimento e processos fisiológicos da pele.

Como encarar as alterações do envelhecimento?

Quando somos jovens, não gostamos de pensar que um dia envelheceremos.  Com o passar do tempo, algumas alterações vão aparecendo, e saber lidar com esse processo é fundamental.

O cabelo começa a ficar grisalho, a pele apresenta algumas linhas de expressão e posteriormente as temidas rugas. Essas mudanças são tão graduais e cumulativas que em um primeiro momento não damos importância.

Por outro lado, infelizmente o dia chega quando não podemos mais ignorar a sua presença quando nos olhamos ao espelho.

Segundo os médicos geriatras Ana Paula Penaforte e Wellington Penaforte da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia “a espécie humana tem programação genética para viver 120 anos. É difícil, porém possível, chegar lá: seja comedido em todos os seus atos – evite os excessos em todas as suas atividades. Desse modo, conheça os limites adequados para TUDO que se for realizar. O “segredo” da vida saudável e feliz depende muito de andar, trabalhar, amar e cuidar-se (saúde, alimentação).”

O que é envelhecimento ativo?

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